terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Janeiro

Estamos no início de janeiro, época em que os planos afloram na vida pessoal e empresarial. Diversas empresas estão em fase de conclusão e/ou implementação de seu “Planejamento Estratégico” para o ano que se inicia.
Falando nisso, Muitos gestores neste processo, tentam explicar o que aconteceu no ano anterior, justificando desempenhos desfavoráveis, atribuindo-os a fatores externos à empresa, isto é, recessão da economia, concorrência asiática, queda nas margens e outras justificativas criativas para jogar o problema além muros. É evidente que o ambiente externo submete a empresa a uma série de fatores intervenientes; porém, isto possibilita a ela, a partir da análise desse ambiente, detectar as oportunidades e as ameaças. No entanto, a definição do que é oportunidade ou ameaça varia de empresa para empresa. Isso porque organizações diferentes trabalham com recursos diferentes e sua capacidade administrativa influencia na manipulação e na transformação das oportunidades e das ameaças.
Embora, sabendo-se da importância do ambiente externo e da necessidade de atenção redobrada a ele, devido a sua posição instável e de difícil previsibilidade, outros gestores, no entanto, não deixam de lado o ambiente interno da organização. Por isso, salienta José Celso Contador, em seu artigo Planejamento Estratégico: Recomendações sobre os Ambientes Externo e Interno, é imprescindível para um bom desempenho organizacional, ter uma visão clara do seu negócio.
Do ponto de vista da gestão adequada, a empresa que consegue atribuir a maioria de suas falhas ao segundo elemento, demonstra que os reconhece e, tem algum controle sobre o que realmente influencia sua performance. Melhorar o desempenho passa a ser, assim, uma questão de se procurar os ajustes necessários para colocar a empresa em busca dos resultados esperados.
Já aqueles que justificam as causas dos percalços como consequência do ambiente revela, por sua vez, não possuir domínio sobre suas operações e, por isso, resultados futuros também poderão advir de sorte.
Para Peter Drucker, em seu livro Introdução a Administração, Planejamento Estratégico é um processo contínuo, sistemático, organizado e capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem riscos. Para ele, existem dois critérios que são indispensáveis para o bom funcionamento das organizações: "eficácia e eficiência". A eficácia, na opinião de Drucker, é o critério mais importante, já que nenhum nível de eficiência, por mais alto que seja, irá compensar a má escolha dos objetivos, isto é, a eficiência no desempenho das atividades operacionais jamais irá compensar o erro na definição dos objetivos amplos da organização.
Não esqueçamos todavia, que o contrário também é verdadeiro. Ou seja, sem a eficiência interna em seus processos de negócios, por melhor que seja a definição dos objetivos a que se deseja alcançar, a empresa terá sérios problemas em atingí-los.